Um dia dedicado à arte de rua, um projeto realizado pela Organização Não Governamental Baobab promoveu um encontro entre crianças e movimentos artísticos que liberam a sensibilidade e despertam o gosto pelas artes, como a pintura, a grafitagem, a dança e a música.
Foi com músicas criadas na hora e versos que surgem da imaginação de quem está aprendendo a cantar rap que várias crianças iniciaram as atividades da oficina proporcionada pela ONG Baobab, cujo tema foi a cultura negra. O projeto nasceu há três anos para despertar no público jovem do bairro do São Cristóvão a criatividade e o gosto pelas artes. “Nosso objetivo inicial é disponibilizar um espaço físico nas periferias de São Luís para que a gente possa trabalhar com a arte e a cultura nas comunidades que não têm acesso à isso”, conta Dayyán Brandão, presidente da ONG.
Em parceria com a CUFA, Central Única das Favelas, os jovens tiveram contato com a arte que nasceu na rua. Além do rap, as crianças aprenderam os passos do break e na parede branca viram como o spray de tinta na mão e muitas ideias na cabeça podem encantar os olhos e expressar sentimentos. Na oficina de grafite, a primeira lição foi usar o equipamento de proteção - as máscaras - por causa do cheiro forte da tinta. Com a ajuda do professor, o gosto pela liberdade do grafite foi nascendo. “Dentro da arte, a gente trabalha com cores, texturas, traços, leituras de imagens, tudo isso possibilitando à criança a um novo aprendizado”, diz o professor de grafitagem, ED Bruzaca. Bruno, de dez anos, já demonstrou interesse pelos novos aprendizados. “Aqui a gente pega uma coisa feia e faz ela virar arte”, conta o garoto.