A Partida contra a Pobreza, que reuniu o time grego Olympiacos contra astros do futebol capitaneados pelo ex-jogador Zinédine Zidane, arrecadou US$ 540 mil em recursos humanitários, que serão usados sobretudo em projetos de reconstrução do Haiti, atingido por terremoto em janeiro do ano passado, e de regiões do Paquistão, afetadas em julho e agosto por uma das piores cheias da história do país.
Mais de 33 mil pessoas foram ao estádio Karaiskakis, na região metropolitana de Atenas, em 14 de dezembro. Os valores, que incluem venda de ingressos, direitos de transmissão, patrocínios e doações, foram divulgados apenas agora pois passaram antes por auditoria. O jogo terminou empatado (2 a 2).
“É importante que, através da solidariedade, a gente cheque aos afetados pela pobreza extrema”, afirmou o atacante Ronaldo, parceiro de Zidane como Embaixador da Boa Vontade do PNUD e que também ajudou a promover a partida, embora não tenha entrado em campo. “Estamos muito contentes com os resultados desta edição, e também ansiosos para conhecer os resultados dos projetos do Paquistão e do Haiti que serão beneficiados”, acrescentou o brasileiro.
Cerca de 70% da arrecadação vai para o Haiti e o Paquistão. O terremoto no país caribenho, em 12 de janeiro de 2010, matou 222 mil pessoas, segundo números do governo haitiano. No Paquistão, as enchentes mataram 1.700 e destruíram quase 2 milhões de casas. Os outros 30% vão para uma organização grega em prol de crianças deficientes, e também para comunidades de sem-teto em Piraeus, na região de Atenas.
Esta foi a oitava edição do Jogo Contra a Pobreza, sempre organizado pelos dois atletas, com apoio da FIFA (Federação Internacional de Futebol) e da UEFA (União das Federações de Futebol Europeias). “Cada vez que nos reunimos para esta partida podemos ajudar e marcar uma diferença”, disse Zidane. “Estamos orgulhosos pelo fato de o oitavo Jogo contra a Pobreza ter oferecido oportunidade para o público participar da recuperação de países devastados por desastres terríveis”, declarou a administradora internacional do PNUD, Helen Clark.
