O Itaú Cultural divulga hoje, por meio do site www.itaucultural.org.br, os contemplados da edição 2010 de três dos quatro segmentos do Rumos Itaú Cultural para os quais foi aberto edital neste ano: Teatro, Música e Literatura. Do Maranhão, foram selecionados os projetos da dupla Criolina, Alé Muniz e Luciana Simões, e do grupo Pé no Terreiro, ambos na categoria Música. Este último, embora tenha sido selecionado pelo Maranhão, tem sede em São Paulo.
Mantendo a finalidade de mapear, apoiar e difundir o trabalho de músicos de todas as regiões do Brasil, a quarta edição do Rumos Música acrescentou às categorias anteriores - Mapeamento e Homenagem - duas novas categorias: Infantil e Coletivo. Os maranhenses da Criolina integram a Carteira Mapeamento, enquanto o grupo Pé no Terreiro está na Infantil.
No edital lançado em março, foram inscritos 2.699 músicos, grupos, bandas, orquestras e outros, mantendo o excelente numero de inscrições das três edições anteriores. Se comparada à anterior (2007-2009), nessa houve um crescimento de 47 inscrições.
Na Carteira Mapeamento, dedicada à difusão e articulação de músicos que têm um trabalho desenvolvido, foram 1.998 inscritos e 25 selecionados de todo o Brasil. Entre os contemplados aparecem grupos e artistas de São Paulo (7), Minas Gerais (3), Pernambuco (3), Paraíba, Paraná, Sergipe, Alagoas, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Goiás, Santa Catarina, Ceará, Bahia e Maranhão. A dupla Criolina representará o Maranhão. Artistas como o rapper paulista Emicida; o compositor e cantor Carlos Careqa, do Paraná; o percussionista João Parahyba, de São Paulo; a cantora acriana Patrícia Bastos; Letieres Leite e Orkestra Rumpilezz, da Bahia; e o instrumentista carioca Mário Sève, entre outros estão nessa categoria.
Projetos
O grupo Pé no Terreiro foi fundado em São Paulo a partir da união de artistas, arte-educadores e professores maranhenses e paulistas com a proposta de manter vivas as tradições culturais populares. A manifestação escolhida pelo Pé no Terreiro foi o cacuriá. O objetivo do grupo ao escolher São Paulo como palco para suas ações foi divulgar a manifestação e apresentar espetáculos como forma de entretenimento e educação para crianças e adultos por meio da música e da dança.
Bartira Menezes, que ao lado do irmão Henrique dirige o grupo, explica que com a mãe e duas tias que são caixeiras, realizam a festa do Divino Espírito Santo em São Paulo há 11 anos. “A idéia de montar um grupo de cacuriá surgiu por causa da festa”, diz ela, que assina as coreografias da manifestação.
O Pé no Terreiro existe desde 2001 e pesquisa também outras manifestações culturais populares brasileiras. Atualmente, o grupo é composto por 20 integrantes, todos direta ou indiretamente ligados ao estudo da cultura popular.
Já o Criolina, que foi agraciado com alguns projetos nacionais a exemplo do Pixinguinha, dessa vez celebra sua participação no Rumos. O projeto selecionado foi o do CD “Cine Tropical”, recém-lançado pela dupla e que teve produção patrocinada pelo Projeto Pixinguinha em 2009. O álbum, de canções inéditas, traz referência visuais e sonoras do cinema antigo como Barabarella, John Wayne, Brigitte Bardot, Glauber Rocha e outros.
Os selecionados das Carteiras Mapeamento, Infantil e Coletivo participam das apresentações a serem promovidas pelo Itaú Cultural com início em 2011 e término em 2012 para as gravações de uma série de programas de TV (30’) com entrevistas e making off, a serem difundidos em emissoras de rádio e televisão no Brasil e no exterior. Além disso, serão produzidos programas para a web-rádio do Itaú Cultural com cada um dos selecionados (itaucultural.org.br/radio).
Rumos amplia o eixo da produção
Na estréia do edital para o segmento Teatro, foram inscritos 165 projetos dos quais foram selecionados 12. Em Literatura, de 535 inscritos, 14 foram selecionados, sendo dois estrangeiros, novidade desta edição. Música escolheu 74 trabalhos dos 2.699 que se inscreveram. Os contemplados em Pesquisa Acadêmica serão anunciados na segunda quinzena de novembro.
Em todas as categorias, a seleção dos projetos foi feita por comissões autônomas formadas por especialistas nas áreas em questão e um representante do Itaú Cultural.
Ao premiar projetos oriundos de diferentes estados brasileiros, o Rumos descentraliza e amplia o eixo de produção cultural. O seu caráter nacional mobiliza artistas, especialistas, pesquisadores e instituições parceiras. Além disso, o Rumos emprega recursos para a produção e difusão de suas obras, por meio de exposições, CDs, DVDs, espetáculos e outros produtos, de modo a contribuir para a reflexão sobre a realidade artística e cultural do país.
Essa trajetória soma 18 mil projetos inscritos, com o apoio ao desenvolvimento de 744 projetos em Arte Cibernética, Artes Visuais, Cinema e Vídeo, Dança, Educação, Jornalismo Cultural, Literatura, Música e Pesquisa Acadêmica. Levou a obra dos selecionados a mais de 2 milhões de pessoas em todo o país, (sem contar o público atingido pelos seminários e demais ações das itinerâncias do programa)
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